A política jardinense é uma fábrica eficiente na criação de falsos
defensores dos interesses do povo. Em nomes destes, os ilustríssimos
representantes travam verdadeiras (ou seriam falsas) batalhas que perdem o fôlego
quando os interesses pessoais falam mais alto. Ataques homéricos são perdoados e
algozes enfurecidos viram ovelhas dóceis e corruptíveis, desenhando um cenário
que pode ser traduzido como um verdadeiro circo aplaudido de pé pela força da
alienação de uma cultura partidarista e vazia. O menor vestígio de coerência e
sensatez possibilita que qualquer um veja as coisas dessa forma e enxergue os
heróis de cera por trás dos seus falsos discursos. Os munícipes jardinenses até
andariam um passo em direção a uma identidade política mais equilibrada se
enxergassem o quão estúpido pode ser tomar partido das dores daqueles que
amanhã (ou seria hoje) estarão de mãos dadas e rindo das encenações passadas. É
a força dos interesses pessoais denunciando posturas que servem apenas para
aumentar ainda mais o meu nojo da política local.
E se você não liga pra nada disso, o político agradece a sua indiferença (ou burrice).