sábado, 13 de agosto de 2011

Vazios...

Não espere a noite cair. Apaga o teu cigarro barato e me fala sem pensar que talvez isso vá magoar alguém. Chega e diz o que sente sem se importar com o peso de suas palavras. Não me fale de amor, enquanto o seu amor próprio não for verdadeiro. Não me encha de dúvidas em razão da sua falta de certezas. Não ocupe meu espaço se o seu já está preenchido de banalidades. Não me acuse numa tentativa de esconder os seus próprios erros. Chegue perto e fale baixinho. Não economize palavras nem sentimentos. Gostaria de pelo menos uma vez perceber que existe alguém de verdade habitando o seu corpo. Alguém capaz de sorrir de verdade. De abraçar de verdade. De amar de verdade. 
Hoje sinto ausência em você. A cada abraço me perco nos braços de alguém que conheço cada vez menos. Que teima em se esconder e não me mostrar a sua alma. Percebo as suas fugas e me afogo em reclamações.   

A nossa vida está preenchida com espaços vazios.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Silêncio Conselheiro


A cada dia que passa ando descobrindo coisas. Coisas comuns, simples, mas de valor grandioso. Descobri a pouco tempo para que serve o silêncio. Serve para que possamos nos ouvir de verdade. Para que a conversa que devemos ter com nós mesmos flua de forma verdadeira. É no silêncio que a nossa voz interior se manifesta genuinamente, de modo a nos aconselhar como nenhuma outra pessoa. Ninguém melhor que nós mesmos para nos conhecermos. Necessitamos dos nossos próprios conselhos. Necessitamos da voz que exala do nosso próprio silêncio. Uma voz sábia que sabe para que Norte apontar. Basta saber ouvi-la. Basta saber segui-la. Devemos por certas vezes encarar que precisamos dos nossos próprios conselhos, num lampejo sutil de sensatez e maturidade. O valor por trás do silêncio pode ser grandioso. Basta saber torná-lo expressivo.